Eu uso uma metáfora que é associar o pensamento a o que aparece na tela de um computador. O pensamento é o que aparece na tela, mas além da tela existe todo o resto do computador, e o que aparece na tela do computador é resultado de seus sistema e dos comandos que recebe.
Em 2017 Robson Marcondes escreveu "O universo é um para-brisas gigante num dia de chuva, todo embaçado. Os pensamentos são os desembaraçadores. Se você quer olhar mais para a direita, o vidro começa a limpar, se olhar para a esquerda é alií que estará mais nítido"
O celebro nos cria falsas informações e falsas lembranças. Ele cria a mentira como realidade. O que vem para mim encaro como real. Mas num contesto geral essa minha realidade não é verdadeira para outra pessoa.
Será que o produzir conhecimento, vem de comparar? Digo comparar situações vividas ou aprendidas com novas situações. Informação associada a informação pode causar uma ideia.
Em relação ao pensamento é um processo gerado a partir da evolução das espécies e adaptacionismo. Tudo o que surge no pensamento já estava de alguma forma no cérebro. O pensamento é algo incompleto, limitado e atrasado, porém isso não o torna inútil e nem obsoleto.
Somos um universo. Alterando o universo altera-se o ambiente, respectivamente nosso corpo, incluindo o cérebro, alterando em seguida nossa percepção sensorial, que afeta os pensamento, que pode criar novas sínteses dos neurónios criando novas ideias e/ou alterando nossa cognição. Somos um universo, somos mente, corpo e ambiente. A fragmentação é o pensamento individual. Tornando o pensamento como um ser, assim ele se separá do resto do que não é pensamento. Essa é uma ideia errada de ser, pois o pensamento só surge de acordo com o universo, ele se cria com base na percepção sensorial. O cérebro cria o pensamento, e o próprio pensamento pode se colocar separado do cérebro. Existe uma relação holística de sincronia entre o ser vivo e o resto do universo, onde ambos se afetam e se influenciam. Sendo o ser parte do universo,
Existe um conceito hinduista chamado atma (ou atman), esse conceito pregado pelos hinduista remete a existência de um "verdadeiro Eu", que seria no caso uma espécie de alma, está é imutável, ou seja, por mais que envelhecemos e nossa personalidade mude a alma continua a mesma. Para contrapor a essa ideologia o budismo criou o conceito de Anatta (ou anatma). Que é a negação do ego, o não-eu. Para o budismo tudo é impermanente, tudo esta em constante mudança, e não a nada que possa ser chamado de eu. Uma crença mobilista, que tudo está em constante mudança, inclusive nós.
"Para mim mesmo, eu não sou nada perceptível ou concebível, não há nada a que eu possa indicar e dizer: 'Eu sou isso'. Vocês se identificam com tudo muito facilmente; para mim isso é impossível. O sentimento 'Eu não Sou isto nem aquilo, nem nada é meu' é tão forte em mim que tão logo eu pense em uma coisa ou um pensamento apareça, imediatamente aparece também o sentimento 'eu não sou isso'".(- Sri Nisargadatta Maharaj apud Liberte-se do Sistema)
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