"Como vejo o Mundo" é um escrito com alto cunho filosófico, de autoria de Albert Einstein. Abaixo deixarei algumas partes que poderão ser encontradas no texto original. Selecionei para as postagem as idéias que concordo,me identifiquei ou para não deixar alguma outra frase sem contexto, podendo levar a outra interpretação.
"...Aprendo a tolerar aquilo que me faz sofrer. Suporto então melhor meu sentimento de responsabilidade. Ele já não me esmaga e deixo de me levar, a mim ou aos outros, a sério demais. Vejo então o mundo com bom humor. Não posso me preocupar com o sentido ou a finalidade de minha existência, nem da dos outros, porque, do ponto de vista estritamente objetivo, é absurdo. E no entanto, como homem, alguns ideais dirigem minhas ações e orientam meus juízos. Porque jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo..."
"...Aprendo a tolerar aquilo que me faz sofrer. Suporto então melhor meu sentimento de responsabilidade. Ele já não me esmaga e deixo de me levar, a mim ou aos outros, a sério demais. Vejo então o mundo com bom humor. Não posso me preocupar com o sentido ou a finalidade de minha existência, nem da dos outros, porque, do ponto de vista estritamente objetivo, é absurdo. E no entanto, como homem, alguns ideais dirigem minhas ações e orientam meus juízos. Porque jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo..."
"...A condição dos homens seria lastimável se tivessem de ser domados pelo medo do castigo ou pela esperança de uma recompensa depois da morte..."
"...O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade
cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem
esperam benignidade e do qual temem o castigo — uma espécie de sentimento exaltado da mesma
natureza que os laços do filho com o pai —, um ser com quem também estabelecem relações
pessoais, por respeitosas que sejam. Mas o sábio, bem convencido da lei de causalidade de qualquer
acontecimento, decifra o futuro e o passado submetidos às mesmas regras de necessidade e
determinismo. A moral não lhe suscita problemas com os deuses, mas simplesmente com os
homens. Sua religiosidade consiste em espantar-se, em extasiar-se diante da harmonia das leis da
natureza, revelando uma inteligência tão superior que todos os pensamentos humanos e todo seu
engenho não podem desvendar, diante dela, a não ser seu nada irrisório. Este sentimento desenvolve
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a regra dominante de sua vida, de sua coragem, na medida em que supera a servidão dos desejos
egoístas. Indubitavelmente, este sentimento se compara àquele que animou os espíritos criadores
religiosos em todos os tempos..."
"...Ainda no século XVII, os cientistas e os artistas de toda a Europa mostram-se ligados por um
ideal estreitamente comum de tal forma que sua cooperação mal se via influenciada pelos
acontecimentos políticos. O uso universal da língua latina ajudava a consolidar esta comunidade.
Pensamos hoje nesta época como um paraíso perdido. Depois, as paixões nacionais destruíram a
comunidade dos espíritos, e o laço unitário da linguagem desapareceu. Os cientistas, instalados,
responsáveis por tradições nacionais exaltadas ao máximo..."
LIBERDADE DE ENSINO...
A RESPEITO DO CASO GUMBEL
"...Há muitas cátedras, mas poucos professores prudentes e generosos. Há muitos grandes
anfiteatros, mas poucos jovens sinceramente desejosos de verdade e de justiça. A natureza fornece
muitos produtos medíocres e raramente produtos mais finos.
Bem o sabemos, que adiantam queixas? Sempre foi assim e assim será sempre. É preciso
aceitar a natureza como é. Mas, ao mesmo tempo, cada época e cada geração elaboram sua maneira
de pensar, transmitem-na e constituem, assim, as marcas características de uma comunidade. Por
isto cada um deve participar na elaboração do espírito de seu tempo..."
MÉTODOS MODERNOS DE INQUISIÇÃO
"O problema que os intelectuais desse país têm de enfrentar parece muito grave. Os políticos
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reacionários, agitando o espectro de um perigo externo, conseguiram sensibilizar a opinião pública
contra todas as atividades dos intelectuais. Graças a este primeiro sucesso, tentam agora proibir a
liberdade do ensino e expulsar de seu posto os recalcitrantes. Isto se chama aniquilar alguém pela
fome.
Que deve fazer a minoria intelectual contra este mal? Só vejo uma única saída possível: a
revolucionária, da desobediência, a da recusa a colaborar, a de Gandhi. Cada intelectual, citado
diante de uma comissão, deveria negar-se a responder. O que equivaleria a estar pronto a deixar-se
prender, a deixar-se arruinar financeiramente, em resumo, a sacrificar seus interesses pessoais pelos
interesses culturais do país.
A recusa não deveria fundar-se sobre o artifício bem conhecido de objeção de consciência.
Mas um cidadão irrepreensível não aceita submeter-se a uma tal inquisição, em total infração do
espírito da constituição. E se alguns intelectuais se manifestarem, bastante corajosos para escolher
este caminho heróico, eles triunfarão. A não ser assim, os intelectuais deste país não merecem coisa
melhor do que a escravidão que lhes está prometida..."
EDUCAÇÃO/EDUCADOR
Muito cara senhorita,
"Li cerca de dezesseis páginas de seu manuscrito que me causou prazer. Tudo ali, inteligente,
bem apreendido, muito justo, em certo sentido independente, mas ao mesmo tempo tão feminino,
quer dizer, dependente e eivado de ressentimentos. Eu também fui tratado de igual maneira por
meus professores, que não gostavam de minha independência e esqueciam-se de mim quando
tinham necessidade de assistentes. (Confesso mesmo que, estudante, era mais negligente do que a
senhora.) Todavia não seria útil escrever fosse o que fosse sobre este período de minha vida e não
me agradaria assumir a responsabilidade de impelir alguém a imprimi-lo ou a lê-lo. Não tem graça
nenhuma queixar-se de outrem, se o nosso próximo encara a vida de modo bem diferente.
Desista de ajustar contas com um passado desagradável e guarde o manuscrito para seus
filhos. Eles se alegrarão e pouco lhes importará o que dizem ou pensam seus professores.
Enfim, estou em Princeton apenas para a pesquisa científica e não para a pedagogia.
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Preocupam-se demais com ela, principalmente nas escolas americanas. Ora, não existe outra
educação inteligente senão aquela em que se toma a si próprio como um exemplo, ainda quando não
se possa impedir que esse modelo seja um monstro!"
Alocução a meninos
"É tarefa essencial do professor despertar a alegria de trabalhar e de conhecer. Caros meninos, como estou feliz por vê-los hoje diante de mim, juventude alegre de um país ensolarado e fecundo. Pensem que todas as maravilhas, objetos de seus estudos, são a obra de muitas gerações, uma obra coletiva que exige de todos um esforço entusiasta e um labor difícil e impreterível. Tudo isto, nas mãos de vocês, se torna uma herança. Vocês a recebem, respeitam-na, aumentam-na e, mais tarde, irão transmiti-la fielmente à sua descendência. Deste modo somos mortais imortais, porque criamos juntos obras que nos sobrevivem..."OS CURSOS DE ESTUDOS SUPERIORES DE DAVOS
"...Esta alegria imensa foi-me oferecida quando ouvi falar dos cursos de estudos superiores em Davos, desta obra de salvamento, inteligentemente concebida e habilmente dirigida, que corresponde a uma grave necessidade não percebida de imediato. Com efeito, muitos jovens vêm para aqui, para este vale maravilhosamente batido de sol para reencontrar a saúde. Afastado, porém, dos estudos e de sua disciplina fortificante, entregue a desânimos depressivos, o doente perde paulatinamente seu dinamismo mental, e o sentimento de sua função essencial na luta pela vida. Torna-se de certa maneira uma planta de estufa, e mesmo depois da cura do corpo, dificilmente reencontra a via da normalidade. É este o caso da juventude estudantil. A ruptura do treino intelectual em anos decisivos para a formação provoca um atraso, dificilmente recuperável mais tarde..."
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